sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Crise na comunicação?

As crises enfrentadas pelas empresas - sejam elas públicas ou privadas são fenômenos que alertam os comunicadores como se estivessem em uma guerra. Quando uma delas se instala, a sirene é acionada e todos entram em ação adequadamente, não é? Deveria, mas não é o que acontece.

O primeiro problema é a falta de planejamento. Na maioria das organizações, os gestores simplesmente ignoram que “algo pode dar errado” e continuam trabalhando sem realizar nenhuma prospecção de cenários. Enquanto o setor de comunicação demonstra preocupação, os gestores apenas dizem não ter tempo de parar 30 minutos para conversar abertamente com os comunicadores.

Daí que algo sempre dar errado por que tanto máquinas quanto pessoas falham. E, em geral uma coisinha de nada falha. Pronto, começou a guerra geral.

Antes de sair esbravejando e definindo papéis de inimigos x organização, o coordenador - gerente (ou função afim) deveria reunir a equipe e os gestores e passar todos os detalhes da situação em questão. Em seguida, verificar e providenciar as soluções possíveis; ajustar o discurso que será levado ao público; definir os meios que poderão ser utilizados para difundir a mensagem e entrar em contato com a mídia, caso seja assunto de interesse público ou que macule a imagem do assessorado.

Nunca, jamais, em momento algum, deixe de passar a informação correta e precisa . Se o seu assessorado insistir em usar “eufemismos”, deixe que ele faça isso. O trabalho de um assessor é de extrema importância e precisa ser respeitado e digno da confiança do público. Passar informações equivocadas ou indefinidas vai apenas descreditar a equipe de comunicação.

Também não adianta esperar a poeira baixar. Isso simplesmente não vai acontecer. Se alguém, um bem público, a natureza foi (ou foram) atingidos sempre haverá um vigilante para denunciar publicamente. Fora que se esconder por trás da porta do escritório é de fato a pior saída. Afinal, quem não aparece no tribunal é julgado à revelia, significando que assume a culpa. No mais, cada hora sem informação é mais gente recebendo dados de fontes nada seguras (boatos).

Daí, no fim das contas, o importante mesmo é que cada assessor e cada assessorado sejam cuidadosamente treinados para a hora do socorro geral. Assim como em locais que trabalham com o salvamento de vidas, os indivíduos devem saber exatamente o que fazer e quais equipamentos usar. Qualquer problema que a assessoria não consiga resolver, tenha em mãos os telefones do BOPE, SAMU ou Corpo de Bombeiros...

2 comentários:

  1. amiga...imprime e dá pra o povo....excelente saída

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  2. Triste, mas real: a equipe de comunicação tem um papel estratégico em qualquer organização, mas é lembrada geralmente como se fosse um genérico do Corpo de Bombeiros - posto preferencial teoricamente sempre pronto para apagar incêndio! Eu concordo contigo, Clau... E faço coro com o Cadu Epifânio: imprime e dá pro povo[2]!!!

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