Nada parece mais triste para mim do que a visão de estar diante do computador estudando solitariamente. Sei, porém, que a educação a distância é hoje uma solução para muitos que não dispõem de outros meios de acesso à qualificação. O conforto de casa, o conteúdo disponível a qualquer horário e local são atrativos para quem tem pouco tempo.
Lembro-me da época em que muita gente fazia cursos por correspondência. Sim, e hoje, essa prática virou piada. O fato é que, naquela ocasião – e nem faz tanto tempo assim, os correios era o meio de trazer informações para dentro de casa.
Hoje, contamos com um poderoso e novíssimo canal, a Internet. As fibras óticas trazem tudo, de todo lugar do mundo (e um dia, quem sabe, de outros mundos) para o nosso computador, celular ou qualquer outro dispositivo onde seja possível ter acesso à rede.
( E isso parece natural e tão antigo... talvez tenhamos que refletir mais sobre o surgimento e a consolidação da internet. Acredito que caminhamos de forma vertiginosa e sem nos atermos aos detalhes...).
O fato é que podemos fazer qualquer curso, frequentar aulas, trocar ideias sobre os assuntos abordados, através do ambiente virtual. Questiono-me, porém, sobre a verdadeira eficiência do método que, aliás, é defendido por muitos educadores (então quem sou eu para julgar? ).
Sou servidora pública e aderi ao programa do governo que oferece cursos gratuitos de qualificação profissional online. Tenho um real e forte interesse por gestão, administração e setor público. Ingressei em um curso dessa linha.
No entanto, por falta de orientação, fiquei totalmente perdida em meio a tantas informações que nunca frequentaram os meus estudos. Senti falta da sala de aula, da discussão com os colegas, do embate com o professor.
No fim das contas, estou levando tudo com “a barriga”, sem ânimo, e sem muita dedicação. E aprendi uma coisa: em caso de dúvidas, vá ao Google, o melhor professor na relação humano-computador.
Minha mãe também faz um curso desses da FGV, mas não o do Governo do Estado, claro, faz pelo trabalho dela. Sim, mainha ficou meio perdida no começo, mas depois ela descobriu uma ferramenta poderosa na EaD: os chats semanais com os colegas de curso. Pegue os emails deles, troque idéias. E, se ainda não der certo, faça como a minha mãe, grite MARIAAAAAAAAAAAAAAAAAAANA!
ResponderExcluirÉ interessante ver essa questão sobre a "imersão vertiginosa" na Internet e onde vamos parar, dada a quantidade de informação que é trocada pelos atuais canais. Na Biologia, a quantidade e a velocidade com que as informações genéticas foram trocadas entre seres vivos foram alguns dos fatores que aceleraram o processo de evolução para formas mais diversificadas e relativamente "complexas". E, analogamente, vejo o mesmo acontecendo no âmbito da tecnologia. Aí se vê cada vez mais as pessoas trocando informações através de uma máquina em detrimento das relações humanas.
ResponderExcluirE nada como um debate face-a-face.
Curso a distância é um SAAAAAAAAAAAAAAAAAACO, Puta merda que treco ruim, velho. Mas vamos que vamos.
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