sábado, 30 de outubro de 2010

Os cursos online e os sacrifícios da relação humano-computador

Nada parece mais triste para mim do que a visão de estar diante do computador estudando solitariamente. Sei, porém, que a educação a distância é hoje uma solução para muitos que não dispõem de outros meios de acesso à qualificação. O conforto de casa, o conteúdo disponível a qualquer horário e local são atrativos para quem tem pouco tempo.

Lembro-me da época em que muita gente fazia cursos por correspondência. Sim, e hoje, essa prática virou piada. O fato é que, naquela ocasião – e nem faz tanto tempo assim, os correios era o meio de trazer informações para dentro de casa.

Hoje, contamos com um poderoso e novíssimo canal, a Internet. As fibras óticas trazem tudo, de todo lugar do mundo (e um dia, quem sabe, de outros mundos) para o nosso computador, celular ou qualquer outro dispositivo onde seja possível ter acesso à rede.

( E isso parece natural e tão antigo... talvez tenhamos que refletir mais sobre o surgimento e a consolidação da internet. Acredito que caminhamos de forma vertiginosa e sem nos atermos aos detalhes...).

O fato é que podemos fazer qualquer curso, frequentar aulas, trocar ideias sobre os assuntos abordados, através do ambiente virtual. Questiono-me, porém, sobre a verdadeira eficiência do método que, aliás, é defendido por muitos educadores (então quem sou eu para julgar? ).

Sou servidora pública e aderi ao programa do governo que oferece cursos gratuitos de qualificação profissional online. Tenho um real e forte interesse por gestão, administração e setor público. Ingressei em um curso dessa linha.

No entanto, por falta de orientação, fiquei totalmente perdida em meio a tantas informações que nunca frequentaram os meus estudos. Senti falta da sala de aula, da discussão com os colegas, do embate com o professor.

No fim das contas, estou levando tudo com “a barriga”, sem ânimo, e sem muita dedicação. E aprendi uma coisa: em caso de dúvidas, vá ao Google, o melhor professor na relação humano-computador.

3 comentários:

  1. Minha mãe também faz um curso desses da FGV, mas não o do Governo do Estado, claro, faz pelo trabalho dela. Sim, mainha ficou meio perdida no começo, mas depois ela descobriu uma ferramenta poderosa na EaD: os chats semanais com os colegas de curso. Pegue os emails deles, troque idéias. E, se ainda não der certo, faça como a minha mãe, grite MARIAAAAAAAAAAAAAAAAAAANA!

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  2. É interessante ver essa questão sobre a "imersão vertiginosa" na Internet e onde vamos parar, dada a quantidade de informação que é trocada pelos atuais canais. Na Biologia, a quantidade e a velocidade com que as informações genéticas foram trocadas entre seres vivos foram alguns dos fatores que aceleraram o processo de evolução para formas mais diversificadas e relativamente "complexas". E, analogamente, vejo o mesmo acontecendo no âmbito da tecnologia. Aí se vê cada vez mais as pessoas trocando informações através de uma máquina em detrimento das relações humanas.
    E nada como um debate face-a-face.

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  3. Curso a distância é um SAAAAAAAAAAAAAAAAAACO, Puta merda que treco ruim, velho. Mas vamos que vamos.

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